quinta-feira, 14 de abril de 2011

Somos todos juízes

De todos os mandamentos, creio que o que mais praticamos e, às vezes, com consentimento, é o do julgamento – e veja que aqui já estou julgando. Há uns dias, foi notícia em vários veículos o drama de uma mãe que deu à luz trigêmeas e deixou uma, aparentemente doente, no hospital.

Comoção nacional. Todos viramos árbitros e partimos para o massacre contra a mãe-monstro. Sabe-se lá o que a levou a deixar a criança? E se ela está com depressão pós-parto? O que se passa dentro do coração daquela mulher? O que a levou a fazer aquilo? Se ela se arrependeu e quer o bebê de volta, porque não facilitar e devolver, em nome do bem-estar das próprias crianças?

Difícil não julgar situações como esta e de tantas outras mulheres que estamos vendo jogarem seus filhos no lixo. O sentimento de querer a justiça é tão voraz que saímos disparando opiniões sem moderar os fatos. Julgamentos precipitados magoam. Ferem lá na alma. Sem querer, julgamos. Somos usuários de mídias sociais e multiplicou-se, sobretudo, a forma de julgar.

Na Bíblia, li acerca de uma qualidade que Deus instrui para os homens de ‘serem moderados’. Isso ficou na minha cabeça. Que orientação divina tão diferenciada! A própria palavra já traz um tom de aquietação, de reflexão antes da ação. Nos dicionários encontrei alguns sinônimos: cautela, atenção, cuidado. Ok, amigos, gostei disso e quero adotar como prática. Ajudem-me a ser moderada. E você, já praticou a sua moderação hoje?

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